Momento Missionário







Evangelismo na China: um grande desafio.

A Igreja


O cristianismo chegou à China por intermédio de missionários procedentes do Oriente Médio em 635 d.C. O número de cristãos hoje é estimado em cerca de 70 milhões de pessoas. A vida da igreja é marcada por um paradoxo: embora seja rica, vibrante, permeada de renovação e cresça em ritmo acelerado, ao mesmo tempo é perseguida e extremamente carente de recursos e treinamento. Estima-se que 50 milhões de cristãos chineses ainda esperam por sua primeira Bíblia e, sem a posse de sua própria cópia das Escrituras, muitos são presas fáceis de heresias e falsos ensinamentos. Não falta entusiasmo aos evangelistas, mas a maioria é mal treinada e pouco equipada. Além disso, há conflitos entre os líderes cristãos. Acredita-se que atualmente a pior tentação enfrentada pela igreja chinesa seja o materialismo, particularmente dentro do contexto da explosão econômica do país.


A Perseguição

O objetivo principal do governo é manter a estabilidade e o poder. Esta é a principal motivação que está por trás do controle populacional, da reforma econômica e da política religiosa chinesa, que consiste em domínio e opressão. O Movimento Patriótico das Três Autonomias (MPTA), também conhecido como Igreja dos Três Poderes, é a igreja oficial, controlada de perto pelo Partido Comunista. As igrejas locais não registradas recebem ataques esporádicos do governo. A perseguição depende principalmente do grau de perigo que o governo enxerga em cada grupo religioso. Alguns observadores acreditam que o maior temor do governo chinês é que os religiosos e ativistas democráticos se unam aos desempregados, cujo número cresce a cada dia. Os cristãos não são os únicos a serem perseguidos. Em alguns casos, muçulmanos e budistas têm recebido o mesmo tratamento rigoroso dado aos cristãos e é comum que muitas seitas ou grupos religiosos de menor expressão sejam extintos. A perseguição ao cristianismo abrange desde multas e confisco de Bíblias até a destruição de edifícios de igrejas. Evangelistas são detidos, interrogados, aprisionados e torturados, o que resulta em morte em alguns casos. Além da perseguição governamental, as tentativas de evangelizar muçulmanos no extremo noroeste do território chinês têm enfrentado resistência e alguns ataques. Os budistas localizados na antiga região do Tibet são bastante organizados em sua oposição ao cristianismo.

No fim de 1998, Ah King, líder feminina de uma igreja no noroeste da China, havia acabado de expor a sua mensagem para a congregação quando oficiais do Departamento de Segurança Pública a levaram e a jogaram em uma cela gelada. Seu interrogador, Wu Pei Fu, tomado por uma súbita e injustificada antipatia por ela, começou a espancá-la e a chutá-la ao invés de utilizar técnicas psicológicas mais tradicionais e sutis. Ele perguntava aos gritos: "Diga-me quem são os outros líderes! Quem fornece Bíblias a vocês?" A recusa de Ah King em responder era seguida de mais golpes sobre seu corpo.

Enquanto isso, os cristãos permaneciam em oração e Wu, o interrogador, também passou por momentos difíceis. Ele interrogou Ah King por 24 horas e esse curto período de tempo reservou-lhe muitas surpresas desagradáveis. Primeiro, ele recebeu a notícia de que sua mãe havia sofrido um grave acidente de carro e estava internada no hospital. Depois, soube que seu filho estava muito doente, acometido de uma enfermidade estomacal. Finalmente, quando chegou à sua casa, discutiu seriamente com a esposa, que ameaçou abandonar-lhe.

Pela manhã, Wu descarregou toda a sua frustração em Ah King, espancando-lhe continuamente. Então enviou a seguinte mensagem à congregação: "Se vocês não pagarem 20 mil iuanes pela libertação de Ah King, eu vou enviá-la a um campo de trabalho por três anos." A quantia era muita alta (cerca de US$ 2.500) e a congregação não podia pagar, já que na região o salário anual médio era inferior à metade daquele valor. Assim mesmo eles oraram e um contato em outra cidade concordou em levantar o dinheiro. No final, Ah King foi libertada.

Ao descobrir que a mãe de seu algoz estava enferma, Ah King foi diretamente ao hospital vê-la. Ah King encontrou a mulher deitada na cama, com outro filho cuidando dela, e começou a testemunhar para os dois. Ela pregou o Evangelho e mandou chamar outros cristãos que estavam por perto. Todos se reuniram na cabeceira da cama e oraram. Poucas horas depois, mãe e filho haviam aceitado a Cristo. Os cristãos também oraram por Wu Pei Fu e por sua esposa e filho, o qual foi curado. Wu ficou surpreso com a ousadia e eficácia dos cristãos, e não colocou nenhuma objeção quando sua mãe passou a freqüentar a igreja de Ah King, a quem ele havia tratado de forma tão cruel.


O Futuro
A perseguição e as restrições religiosas têm sido ineficientes para conter a igreja chinesa, conseguindo apenas diminuir ligeiramente seu crescimento. Acredita-se que em 2050 a igreja chinesa somará mais de cem milhões de membros, podendo se tornar uma das maiores forças de evangelismo no mundo caso haja uma maior abertura. Quando as dificuldades para viajar diminuírem o suficiente ara que os chineses se aventurem livremente no exterior, a igreja chinesa poderá ser uma das maiores bases de envio de missionários de todos os tempos.



Motivos de oração:

1. A igreja chinesa está enfrentando dores crescentes. Louve a Deus pelo assombroso crescimento da igreja. Ore para que a perseguição seja atenuada, para que materiais de treinamento sejam desenvolvidos e para que as Bíblias tornem-se cada vez mais acessíveis, impedindo assim o avanço de heresias.


2. Os líderes cristãos chineses sofrem muito pelo Evangelho. Ore pelos milhares de evangelistas e pastores chineses que enfrentam noites de insônia, separação de suas famílias, reuniões secretas e risco de prisão a fim de pastorear seus rebanhos. Muitos têm treinamento insuficiente e poucos recursos, mas ainda assim viajam constantemente para compartilhar o que sabem.


3. O crescimento econômico chinês é visto como um grande desafio para a igreja. Os cristãos chineses julgam que a perseguição é uma bênção. A principal preocupação dos pastores é o efeito que o materialismo decorrente da crescente economia chinesa pode provocar nos membros da igreja.


4. Muitos pastores têm sido enviados a campos de trabalho. A comida é ruim e o trabalho é muito pesado, porém muitos têm sido capazes de pregar e formar igrejas dentro dos campos. Alguns o fazem de forma tão eficiente que têm sido confinados na solitária para evitar que preguem o Evangelho.


5. A igreja sofre com a grande falta de unidade. Muitos líderes das igrejas registradas e das não registradas têm medo e desconfiança entre si. Alguns acusam o Movimento Patriótico das Três Autonomias de traição, enquanto seus líderes acreditam que as igrejas não registradas estão em pecado por agir contra o governo. Ore para que estas divisões entre os líderes sejam eliminadas e haja reconciliação entre eles.


6. A China sofre com a falta de Bíblias. Esta é uma das maiores necessidades da igreja chinesa. Embora haja dezenas de milhões de cristãos na China, poucos possuem sua própria Bíblia. Alguns nunca viram uma. O resultado pode ser uma heresia inconsciente. Ore para que mais exemplares da Bíblia sejam entregues aos cristãos chineses.


7. A China também sofre com a falta de recursos para a evangelização. Louve a Deus pelas muitas ferramentas de evangelismo que são levadas ao país todos os anos. Materiais impressos e vídeos resultam em inúmeros novos convertidos por cópia distribuída. Ore para que a quantidade de materiais levados ao país aumente.

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Histórias que enriquecem o momento missionário.
 HISTÓRIA DE UM CHINÊS
       Numa pequena choça, no alto de uma colina de onde se avista o verde mar, vivia um jovem pescador chinês. A choça era  pequena. Consistia apenas num quarto, atrás do qual ficava um alpendre que servia de cozinha. As paredes e o chão eram de barro batido e as  telhas vermelhas formavam o teto. A cama, ou melhor, algumas tábuas sobre dois bancos, duas tripeças e uma pequena mesa constituíam a singela mobília. Do outro lado oposto à porta, achava-se uma mesa alta e estreita, onde se encontrava o ídolo de barro pintado, dos pescadores. As velas brilhavam em candelabros de metal branco e a sua frente ficava a pesada taça de bronze, cheia de cinzas  das barras de incenso.
    Toda manhã, antes de sair à pesca, o jovem chinês Khiok-ah apanhava duas novas barras de incenso, segurava-as diante do ídolo, agitava-as no ar, e colocava-as na taça, rogando dessa maneira as bênçãos do ídolo para sua pesca. Assim fazia toda manhã, com fé singela no poder que deveria ajudá-lo.
    Isso aconteceu por muito tempo. Certa ocasião nosso amigo chinês precisou ir a uma aldeia distante e não podia estar de volta no mesmo dia. Não havia ninguém para queimar incenso ao ídolo, no tempo designado. No entanto, para a fé sincera de Khiok-ah, isto não apresentava dificuldade. À hora de sair, tirou do pacote vermelho duas barras de incenso, e colocou-as diante do ídolo com uma caixa de fósforos. Em seguida, inclinando-se reverentemente, disse: “Ó espírito, hoje devo ir a negócios a um lugar distante e não poderei estar de volta em tempo de queimar-te incenso. Diariamente, sem faltar, tenho feito isto; mas somente desta vez, queima-o tu mesmo. Repara, aqui estão diante de ti, as barras de incenso e os fósforos. Somente desta vez,  acende tu mesmo, por favor”. E retirou-se logo.
    Ao regressar, para sua surpresa, não viu as espirais de fumo que deveriam ascender da taça de incenso. Aproximando-se e investigando melhor, deparou com as barras de incenso e os fósforos justamente como os havia deixado. Então, cheio de ira, volveu-se para o ídolo e disse: “Por muito tempo tenho queimado incenso diante de ti e nunca o deixei de fazer. Somente dessa vez pedi que o queimasse por mim e não o fizeste. Será que não podes? Bem, um deus que não tem poder para ascender sua própria barra de incenso, certamente não tem poder para ajudar-me. Por isso não adorarei mais a nenhum deles, até encontrar um capaz de ascender sua própria luz”.
    Passaram-se alguns anos. Khio-ah abandonou sua choça de pescador e teve oportunidade de freqüentar uma escola. Um de seus colegas era cristão e veio, a saber, o voto que ele fizera. De modo que certo dia, o cristão lhe disse:
     - Amigo, queres amanhã de madrugada, subir comigo ao cume de uma colina? Tenho alguma coisa para mostrar-te.
    Khiok-ah aceitou ao convite e na manhã seguinte, antes do nascer do sol, saíram juntos os dois amigos. A todas as perguntas do chinês, o nosso bom cristão respondia: “Espera e verás”.
    Chegaram afinal ao cume da colina, quando os primeiros clarões tingiam de púrpura o céu oriental. Enquanto observavam o maravilhoso alvorecer de mais um dia, viram o sol surgindo em toda sua glória e esplendor.
     - Repara, disse o amigo cristão, o Deus que eu adoro é Todo-poderoso. Toda manhã Ele acende Sua luz e espalha claridade, alegria e vida em todo o mundo.
    Desde esse dia, Khiok-ah dedicou a vida ao Deus que tinha poder para acender Sua própria luz. Tornou-se mais tarde um pregador, mostrando a outros o caminho para o verdadeiro Deus. Mas jamais esqueceu o amigo que por uma ilustração simples, o guiou à verdadeira Luz.

 QUERO SER O FILHO DE ALGUÉM

    Em certa localidade veio um menininho alegrar o lar humilde de um pobre casal. Chamaram-no Joãozinho.
    Sendo Joãozinho ainda pequenino, uma enfermidade apareceu em sua pequena família. Não havia médicos por ali perto, que fossem ajudar a seu pai enfermo, e assim não tardou a que ele morresse. Pouco mais tarde sua mãe também veio a falecer, ficando Joãozinho completamente só.  Embora seu tio tomasse conta dele, o pequeno se sentia muito triste e solitário sem o papai e a mamãe. Tinha as roupas sujas e rotas.
    Não tardou a que Joãozinho sentisse que não era de ninguém. Começou a vagar em companhia de alguns meninos maus, e ele próprio se tornou mau. Às vezes um menino órfão aprende muitas coisas más de outras crianças na rua. Nós, que temos um bom papai e uma boa mamãe, devemos cada dia dar graças a Jesus por isso.
    Depois de algum tempo seu tio se mudou para a povoação, ficando vizinho de um de nossos missionários. Também aí Joãozinho fez amizade com meninos maus. Uns homens ruins ouviram falar nele, e uma vez resolveram servir-se dele para maus fins. Eram ladrões .
    Um dia muito frio esses maus homens quiseram roubar na casa do missionário. Falaram com Joãozinho a esse respeito. Disseram-lhe que ele devia rondar a casa, e ver onde guardavam as chaves, de modo que ele pudesse roubar uma. Devia também ver quando os missionários saíam de casa. Prometeram dar-lhe uma boa parte do que roubassem. Joãozinho concordou em fazer esse feio papel.
     À noite estava fria, e Joãozinho estava pobremente vestido enquanto se dirigia para a casa do missionário. Tremendo de frio, parou debaixo da janela, olhando para dentro, para ver o que a família estava fazendo. Ao ver o missionário dirigir-se para a porta da frente, procurou esconder-se;  mas ele o viu. Falando-lhe amavelmente, disse: “Pequenino, deves estar com frio. Entra comigo e aquece-te”. O menino entrou em casa, pensando que agora tinha melhor ensejo que nunca de conhecer o arranjo de tudo por dentro, e saber onde se guardavam as coisas de valor.
    A esposa do missionário sentiu compaixão pelo pequeno sujo e esfarrapado. Preparou-lhe um banho quente e deu-lhe roupa limpa e trouxe-lhe também uma ceia quentinha. Joãozinho não podia compreender essa bondade tão grande. Ao terminar a refeição, a família missionária reuniu-se na sala para o culto vespertino. O dono da casa disse:
    - Agora repitamos juntos  João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que N’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Joãozinho escutava. Seu coração se enternecia enquanto repetia as belas palavras de  João 3:16 uma e mais vezes, mas não podia recordar todas as palavras. Depois do culto, o missionário perguntou a Joãozinho se queria ir até a venda comprar doces. Ele respondeu: Sim, senhor.
     - E correu  pela rua em que os homens maus o estavam esperando. Agora eles viram um menino limpo e bem vestidinho. Estava todo mudado. Os ladrões pediram-lhe informações acerca da  casa do missionário, mas o menino negou-se a falar. Foi ameaçado, e depois açoitado até que o deixaram quase morto.
    Ao ser encontrado na rua, Joãozinho estava inconsciente. Tinha as roupas sujas, e as feridas a sangrar. Vocês se lembram da história do bom samaritano, que encontrou no caminho o pobre homem espancado pelos ladrões. Pessoas de bom coração recolheram o menino inconsciente e ensangüentado, e levaram-no ao hospital. Durante toda a longa noite ele delirava e dizia:
    - Deixem-me em paz; já não sou aquele menino mau. Sou  João 3:16. Repetidamente o ouviam as enfermeiras dizer: “Sou João 3:16”. Elas não podiam entender o que ele queria dizer com isso.
    Mais tarde, quando Joãozinho começou a melhorar, explicou como pensara em ajudar os ladrões; como havia parado, sujo e faminto, sob a janela do missionário. Como este o levara para sua casa, lhe dera um banho quente, roupas limpas e uma boa ceia quente, e João 3:16. Então, o menino disse: “Se João 3:16 pôde fazer tudo isto por mim, mostrando-me tanto amor e bondade, então também eu quero ser um João 3:16. Quero ser o filho de alguém”. Joãozinho recebeu Jesus como seu querido salvador.
    Esta noite, querido amiguinho leitor, quando te ajoelhares para orar a Jesus, pense nos menininhos que não tem papai nem mamãe que os amem, nem um lar em que viver. Peça que Jesus abençoe os órfãozinhos e ajude-os a encontrar bons lares. agradeça por seus pais e tudo quanto tem. Amém”.


HISTÓRIA: SUMI ENCONTRA A FELICIDADE


Adapitada para o momento missionário.


Sumi era uma menina que morava no Japão, um país localizado no Continente Asiático. Ela morava com seu pai, que era dono de uma loja, nesta loja havia muitas coisas bonitas. Sumi gostava de examinar cada objeto, mas sabem crianças, Sumi não era feliz, e ela esperava ansiosamente encontrar a FELICIDADE! Mas como?
Um dia, antes de abrir a pequena loja, Sumi ajudava seu pai a preparar as coisas para os clientes. Examinava os lindos vasos, sininhos brilhantes, pratos pintados com cores alegres, e suspirava profundamente.

Então seu pai lhe disse: Filha, o que você tem? Por que está tão triste?

Sumi: - Ah, papai, deseja tanto encontrar a felicidade; sinto-me tão só e triste. Não há nada que traga alegria ao meu coração.

Pai: - Na semana que vem vamos receber mercadorias novas e bem interessantes, minha filha. Com certeza, vendo-as, você ficará contente e alegre.

Sumi: Ah, espero que sim, meu pai! E hoje,posso levar uma encomenda para algum cliente?

Pai: Neste momento não, filha; mas você pode passear na rua para se divertir 
 um pouco. Poderá olhar as nas vitrines, os jardins e outras coisas lindas. E Sumi, não esqueça de pensar em coisas felizes. Um grande escritor disse que o segredo da felicidade é ter pensamentos alegres. Pode ir, minha filha. Talvez você volte mais feliz.

Sumi: muito obrigada, paizinho. Voltarei logo.

A pequena sumi saiu e andou pelas ruas admirando as coisas lindas nas vitrines. Quando chegou a uma pequena Casa de Chá, ficou encantada com ela e, logo entrou. Oh, como era bonita! As paredes estavam decoradas com muito gosto, e por toda a parte estavam almofadas em cores lindas, onde as pessoas podiam sentar-se para conversar e divertir-se tomando chá oriental em lindas xícaras pintadas com flores. E o cheiro! Sumi suspirou profundamente, sentindo o cheirinho do chá, dos doces e do perfume que enchia o ar.

Sumi: - Que lugar lindo! Casa de Chá, você é o lugar mais bonito que jamais vi.

E se a Casa de Chá pudesse falar, talvez respondesse assim:

Casa de Chá: - Acredito que você jamais viu paredes tão lindamente decoradas, almofadas tão confortáveis e xícaras tão finas como as minhas.

Sumi: - Nunca!

Sumi andou ao redor admirando tudo e apreciando os perfumes. Seu coração parecia cantar de alegria.

Sumi: - Agora que encontrei você, Casa de Chá, talvez não andarei triste nunca mais.
A casa de Chá a fez feliz durante poucas horas, mas esta felicidade não durou muito.

O coração da Sumi se encheu de tristeza novamente. Não, a Casa de Chá não tinha a resposta para ela ser feliz. Onde poderia ela encontrar uma felicidade duradoura?

De repente, Sumi lembrou-se de que seu pai a esperava de volta. Depressa ela saiu da casa de Chá e correu pela rua até chegar à loja.

Pai: - Filha, demorou tanto. Por onde você andou?

Sumi: Desculpe, meu pai. A Casa de Chá é tão linda que me esqueci do tempo.

Pai: Casa de Chá? Esteve lá?

Sumi: Sim, meu pai.

Pai: Filha, lugares agradáveis não podem lhe dar felicidade. Você sentiu-se alegre ali, mas é uma alegria passageira.

E Sumi soube que seu pai falava a verdade, pois seu coração estava vazio.
No dia seguinte, a pequena saiu outra vez, agora para levar encomendas a alguns clientes que moravam perto. Voltando para a loja, passou por um caminho novo e descobriu um lindo jardim. Era um lugar encantador, e Sumiu arregalou seus olhos. Apressando os passos, ela entrou pelo portão e começou a passear pelo jardim.

Sumi: - Oh, que maravilha!

Sim, era tão lindo! Tantas flores, as mais bonitas do mundo! E  
 e as pontes arqueadas. Os peixinhos no riozinho! São lindas as arvores anãs e seus frutos coloridos! No jardim, havia um templo com um grande ídolo de pedra.

Sumi: - Oh, como estou contente por ter encontrado todas estas coisas que me fazem ficar muito contente. Talvez agora não serei mais triste. Poderei ser  feliz  neste jardim.

Sumi foi feliz durante um curto tempo, Logo virá o inverno, quando as 
 flores ficam murchas, e os frutos acabam.

Sumi: - Vou colher alguns frutos para levar ao grande ídolo. Quem sabe? Se eu fizer-lhe uma oferta talvez ele possa me fazer feliz!

Sumi levou tudo o que  desejou!

Ela encheu seus braços de flores e frutos e foi em direção ao templo do ídolo. Entrou pela porta silenciosamente, ajoelhou-se diante do ídolo e deitou sua oferta diante dele. Depois de ficar com a cabeça curvada uns minutos, Sumi olhou para cima, mas o ídolo não sorriu para ela, nem mudou a expressão de seu rosto.

Sumi: - Este ídolo  é tão grande e parece ser muito forte. Será que ele  pode me fazer feliz?

Mas o ídol não a fazia feliz, porque não tenho vida. Era apenas uma imagem feita de madeira.

Os olhos de Sumi encheram de lagrimas. Tanto esperava que o ídolo a fizesse feliz, mas ele não pode. Ela cobriu o rosto com as mãos e chorou muito. Mais tarde, Sumi saiu do templo e foi andando pela rua, seu coração estava doendo por dentro de si. Será que não existe paz e felicidade em lugar nenhum? Perguntava para si mesma.

De repente, ouviu alguém cantando, era uma música tão doce, como jamais Sumi havia ouvido. O som vinha de uma pequena casa branca. Vendo a porta aberta, Sumi entrou por ela e olhou ao redor. Um grupo de crianças estava sentado ao chão e cantando. Sumi olhou-as com grande admiração, pensando: “Todas estas crianças tem caras tão alegres. Devem estar felizes! Vou sentar-me junto a elas”.
Terminado o cântico, uma senhora com o rosto muito simpático começou a falar à crianças. Contou-lhes de Jesus, o Filho de Deus, que veio do Céu para nos salvar.  Que Deus amou o mundo de tal maneira para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Sumi escutou exultante! Que mensagem maravilhosa!

A professora continuou falando do amor de Deus para as crianças, quando Sumi lhe enterrompeu.

Sumi: - Professora, Deus ama a mim também?

Professora: - Sim, meu bem. Ele ama você e a mim e a todos. Ama-nos tanto que mandou seu próprio filho, Jesus, a morrer em nosso lugar. Fez isto para podermos ter a vida eterna. Quem quiser pode recebe-lO como seu Salvador.

Sumi olhou ao redor, vendo as outras crianças novamente. Deve ser por isso que estão tão contentes, pensou Sumi. Com certeza já  receberam Jesus em seus corações.
Quando a professora pediu que quem quisesse receber Jesus em seu coração ficasse depois da aula para falar com ela, Sumi resolveu ficar. As outras crianças foram saindo, mas ela permaneceu.

Professora: - Não é maravilhoso, Sumi, saber que Jesus quer nos dar a vida eterna?

Sumi: - É por isso que a senhora é tão contente?

Professora: - Sim, eu também recebi o Senhor Jesus. Ele entrou em meu coração e perdoou meus pecados e me deu grande alegria.

Sumi: - Sei agora que é por causa dos meus pecados que não sou feliz. Eu também quero ter Jesus como meu Salvador!

Assim, Sumi abaixou a cabeça e convidou o Senhor Jesus para entrar em seu coração. Ela pediu que Ele a perdoasse de todos os seus pecados. Logo depois olhou alegremente para a professora.

Sumi: - Esta alegria que Jesus dá é uma alegria que dura para sempre? Ou irá embora depois, assim como a alegria que encontrei na casa de chá, no jardim e no templo?

Professora: A alegria que o Senhor Jesus nos dá é uma alegria eterna, dura para sempre. Esta é a Palavra de Deus, a Bíblia, e ela diz em João 16:22 : “que a nossa alegria ninguém tirará”. Jesus,é o filho de Deus, nosso Salvador, Ele ressuscitou dos mortos, e está vivo e vive, também, no coração de cada um que confia nEle. Jesus é nossa alegria, Sumi. Ele estará conosco para sempre. E você poderá conhecê-lo melhor, através de sua Palavra. Sim, Sumi, é verdade, Deus nos ama, Jesus, morreu por nós, para nos livrar dos nossos pecados, Ele ressuscitou, subiu ao céu e nos prometeu que um dia voltará para nos buscar, e assim seremos eternamente felizes com Ele no céu. Jesus é o nosso querido Salvador. Volte a semana que vem para ouvir outra historia a respeito de Jesus.

Sumi prometeu e, depois, foi correndo ao encontro de seu pai e entrou na loja, cantando alegremente. O pai olhou para ela com grande admiração.

Pai: - Que foi filha? Está tão contente? Tem um olhar tão alegre, o que foi que aconteceu?

Sumi: - Ah, meu pai, hoje, entrei numa pequena casa onde muitas crianças estavam cantando. Ali aprendi acerca de Jesus, o Filho de Deus, que me ama e morreu pelos meus pecados. Agora, Ele é meu Salvador, pois eu convidei-O para entrar em meu coração. Ele está em meu coração agora, é por isso que não estou mais triste e não me sinto mais sozinha. A Casa de Chá não me deu alegria que durasse para sempre, nem o lindo jardim, nem tão pouco o ídolo. Mas esta alegria que agora sinto, ela sim é para sempre.Estou sentindo uma alegria e uma paz que não passa, papai!

Pai: - Sabe, filha, eu também gostaria de ouvir mais sobre este Jesus. Acha que eu também podia recebê-lo como meu Salvador e ter esta alegria que dura para sempre?

Sumi: - Sim, meu pai. A professora leu no próprio livro de Deus, e me ensinou que no livro de João 16:22 diz: “que a nossa alegria ninguém tirará”.

Sumi e seu pai, naquele dia, oraram juntos, pela primeira vez, pedindo que Jesus estivesse sempre em seus corações e que esta alegria jamais fosse embora. Sumi se tornou uma criança tão alegre, que mal podia esperá para contar a todos sobre Jesus.

Hoje crianças, como aquela professora perguntou a Sumi, eu pergunto a cada um de vocês: Você quer receber Jesus como seu Senhor e salvador em seu coração, para ter seus pecados perdoados? Assim, Ele virá viver em seu coração, como vive no meu, e Ele lhe dará uma alegria que jamais acaba. Você sentirá uma paz em seu coração e em sua alma. Jesus é a verdadeira felicidade.










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BARNABÉ, O Menino do Barril
 (domínio público)

1-No centro de uma grande cidade, vivia um menino chamado Barnabé Morden. Era muito pobre, vivia sempre com fome, e não sabia o que era ser amado por alguém. Seu pai e sua mãe haviam sido pessoas muito más e devido à vida que levavam foram cedo para a sepultura. O único lar que Barnabé conhecia foi um grande barril colocado atrás de uma das grandes lojas. Durante o dia Barnabé vendia jornais nas ruas de mais movimento, conseguindo somente o dinheiro necessário para satisfazer parcialmente sua fome. Quando chegava a noite, ia para o barril, encolhia-se sobre um velho casaco e tentava esquecer que estava sozinho, com frio e com fome.

2-Era uma noite de inverno, quando vagava ao longe de uma rua sombria olhando os objetos colocados nas vitrines das lojas... Ouviu os suaves acordes de uma música. Acompanhando esse som, foi ter no edifício de uma loja que estava repleta de luz. Na janela ele viu estas palavras: “Missão Evangélica” Seja bem-vindos Pensando que tal vez estivesse quente lá dentro..

3- Bem devagar, Barnabé abriu um pouco a porta e encontrou lugar no último banco. Logo em seguida um homem de olhar bondoso dirigiu-se para frente, falou as pessoas presentes e leu em voz alta num livro ao qual chamava: A preciosa Palavra de Deus. -Disse-lhes que seus corações estavam cheios de pecado porque a Bíblia diz que “ Todos pecaram e separados estão da glória de Deus”, e que deviam todos deixarem o Senhor Jesus tirar o pecado de seus corações, fazendo-os brancos como a neve. Pela primeira vez em sua vida, Barnabé ouviu falar a respeito do maravilhoso Senhor Jesus e de sua morte na cruz.

4- O homem apresentou o caminho da salvação de modo tão simples e claro que no fim do trabalho, quando fez o apelo, muitas pessoas vieram a frente, desejosas de aceitar Jesus como seu Salvador. Entre esse grupo de pessoas despercebido por muitos, estava o pequeno Barnabé. Ele reconheceu que era pecador e quis que o maravilhoso Salvador tornasse o seu coração branco como a neve e o salvasse, pois assim ele iria viver no céu com Jesus. Quando todos se retiraram o bom homem viu Barnabé, e falou-lhe mais coisas a respeito de Jesus e Barnabé aceitou Jesus como seu único Salvador. Depois o homem lhe deu um pequeno evangelho de João e ele voltou para o barril. Daquele dia em diante, Barnabé foi um menino completamente diferente. Ele fazia com que todos com quem encontrasse vissem a luz e o amor de Jesus brilhar em seu coração.

5- Chegando o inverno, Barnabé tremia de frio porque não tinha roupas com que se aquecer. A noite no seu barril, sentia muito frio, e, finalmente adoeceu gravemente. Ficou tão mal que não podia sair do seu barril permanecendo lá deitado, sofrendo muito e soluçando. Um dia um guarda passava por aquele beco, ouviu os soluços e chegando até o barril achou o doentizinho, tomou em seus braços e levou-o para o hospital de uma grande cidade, onde o levaram e deitaram-no em um leito branco e macio entre lençóis e cobertores quentes. Deram-lhe alimentos quentes e deliciosos e ficaram vigiando até que ele adormecesse.

6- No dia seguinte, quando as enfermeiras perguntaram se ele queria alguma coisa, pediu que lhe trouxessem uma Bíblia e lessem qualquer coisa a respeito do Senhor Jesus, que morrera por ele. As enfermeiras que não eram salvas e não amava ao Senhor Jesus, não satisfizeram o desejo de Barnabé. A noite, quando o médico veio vê-lo já bem tarde, achou-o muito fraco e, apesar de todos os esforços feitos para ajuda-lo, viu que o pequeno não teria muitos dias de vida. Então o médico e as enfermeiras que já gostavam dele e sabiam que ele não viveria muito tempo, decidiram-se a fazer tudo que pudessem por ele, e Barnabé pediu novamente a Bíblia.

7- Eles trouxeram e leram, como ele queria, a respeito do amor do Pai Celestial para conosco, amor tão grande que o levou a mandar seu único filho para morrer no Calvário, para que todo aquele que nEle crer não pereça mas tenha a vida eterna. Finalmente, o médico e duas enfermeiras ajoelharam-se ao lado da cama de Barnabé e aceitaram a Jesus como seu salvador.

8 - Barnabé morreu naquela noite, mas foi morar com aquele que pagou tudo por ele.


9 – E lá no Céu encontrou seu nome “Barnabé Morde” escrito no Livro da Vida. Encontrou, também, uma linda coroa que estava preparada para ele. Era a coroa daqueles que são vencedores.

10 -Lá ele viu, ainda, a brilhante Estrela da Manhã, o Senhor Jesus. Barnabé nunca teria chegado ao céu se o bom pastor não houvesse procurado quando era cordeirinho e pecador, tornando seu coração branco como a neve.




O Lápis e a Borracha

Era Uma vez um lápis que gostava muito de escrever lindasHistórias, desenhar lindos jardins e até fazer cálculos matemáticos, parecia ser muito feliz. Mas ele tinha um problema, cada vez que le errava um traço ou fazia alguma coisa errada ele se irritava, ficava com muita raiva a ponto de riscar todo o trabalho. Todas as vezes que isso acontecia o lápis ficava triate e não tinha mais vontade de fazer nada. Até que um dia ele encontrou uma borracha que a ver sua atitude disse:
BORRACHA: _ Sr. Lápis se você quiser eu posso lhe ajudar.
LÁPIS: _ Como? Não entendi!
BORRACHA:_ è isso mesmo, eu posso apagar seus erros?
LÁPIS:_Mas meus erros são muito grandes acho difícil apagar.
BORRACHA:_ Fui criada para isso e possoapagar qualquer erro, mesmo os mais difíceis. Você quer experimentar?
LÁPIS:_ Claro que sim! Assim poderei Renovar meus desenhos e os riscos que estavam tortos posso endireitá-los!
BORRACHA:_Então vamos lá! Zic, Zac, zic, zac. Ufa! Que trabalhão! Pronto apaguei todos os seus erros.
LÁPIS:_ Oba! Que maravilha agora minha vida vai ser diferente. Fique para sempre comigo borracha. Quero que você seja minha melhor amiga.
O lápis ficou tão feliz com a nova amiga, a borracha, que nunca mais quis se separar dela. Sempre estava junto dela pedindo sua orientação. Para nunca mais errar, Todos os seus colegas lápis viram a mudança do lápis e como ele agora estava diferente e muito feliz.

APLICAÇÃO PARA À CRIANÇA NÃO SALVA:
MOSTRE O LÁPIS PRETO:
Nós também somos como aquele lápis, erramos como ele e ás vezes erramos feio. Isso se chama de pecado.
MOSTE O LÁPOS VERMELHO:
Mas Deus que vê todos os nossos erros, Ele tem um amor tão grande por nós que enviou seu único filho ao mundo com uma missão especial, Sabe qual? O Filho perfeito de Deus, Jesus, veio para morrer em nosso lugar na cruz, derramar o seu sangue e apagar nossos pecados.
MOSTRAR O LÁPIS BRANCO
Assim todos os que se arrependem, o receberem e pedirem perdão dos seus erros, Ele apaga tudo e deixa seu coração limpinho, branco como este lápis.
MOSTRE O LÁPIS VERDE:
Então você antes era zangado e triste passa a ter uma nova vida com Jesus.
MOSTRE O LÁPIS AMARELO:
E assim se você nunca deixar esse Grande Amigo que é Jesus, ele também nunca te deixará e você irá morar com Ele eternamente no céu,onde nós todos os que o recebemos, iremos recer uma coroa e reinar com Jesus para sempre.
FAÇA O APELO:
Você quer receber esse AMIGO que é Jesus? Ele te espera de braços abertos e quer te ajudar a apagar seus pecados.
Ore com as crianças que receberam Jesus.
Entregue as lembrancinhas dos lápis de cinco cores.

1-Qualquer que seja o lápis, uma borracha pode ajudar.

2-Era uma vez um lápis.

3-O lápis podia desenhar coisas.

4-O lápis podia escrever palavras e números.

5-às vezes o lápis cometia erros.

6-Ás vezes o lápis ficava zangado.

7-Um dia o lápis encontrou uma borracha.
A borracha ajudou o lápis

8-A borracha apagou os erros do lápis.

9-A borracha apagou os rabiscos que o lápis zangado fez.

10- O lápis descobriu que a borracha era sua melhor amiga.

11-Você gostaria de ter um amigo que apagasse seus erros e rabiscos?

12-Deus mandou Jesus Cristo para que Ele fosse nosso melhor amigo.
Nós podemos pedir que Jesus nos ajude em tudo o que fazemos.
Quando cometemos erros ou ficamos bravos, Jesus nos perdoa e nos ajuda, se nós pedimos perdão a Ele e ficarmos arrependidos de verdade.
É como se Jesus apagasse os erros e rabiscos que fizemos.
















A História de Mary Jones

A admirável determinação de uma menina galesa em conseguir um exemplar da Bíblia inspirou a fundação da primeira Sociedade Bíblica. Conta-se que a Sociedades Bíblicas, entidades dedicadas à produção e distribuição do Livro Sagrado, em atividades no mundo todo, tiveram sua origem na bela história de uma menina. O lema das Sociedades Bíblicas - levar a bíblia a todos os povos, em uma língua que possam entender e a um preço que possam pagar - teria sido inspirado na humildade, determinação e coragem de Mary Jones, que viveu no Pais de Gales (Grã-Bretanha), durante o século XVIII.
Em 1792, aos 8 anos de idade, Mary Jones começou a acalentar um sonho: ter a sua própria Bíblia. Ela queria poder ler, em sua casa, aquelas histórias tão bonitas que costumava ouvir na igreja. Esse desejo, no entanto, parecia impossível de ser realizado. Mary, que morava em uma pequena vila chamada Alan, ainda não sabia ler - e, infelizmente, não havia escolas nas redondezas. Além disso, naquele tempo, as Bíblias - assim como os demais livros - eram muito raras e caras. Só poucos privilegiados podiam ter um exemplar das Escrituras Sagradas. E este não era o caso da menina, cuja família era muito pobre. Mesmo assim, Mary Jones fez uma promessa a si mesma: um dia, ele teria a sua própria Bíblia.
O Primeiro PassoAo completar 10 anos, a menina viu surgir uma oportunidade de aprender a ler. Seu pai foi vender tecidos numa vila próxima, chamada Aber, e soube que ali seria aberta uma escola primária. Tempos depois, quando a escola começou a funcionar, Mary foi uma das primeiras crianças a se matricular. Muito motivada, ela logo se tornou uma das primeiras alunas de sua classe. Em pouco tempo, aprendeu a ler.
Enquanto isso, a menina continuava firme em seu propósito de conseguir a sua Bíblia. Agora que já sabia ler, a grande dificuldade era conseguir a quantia necessária para comprá-la. Para isso, fazia pequenos trabalhos, com os quais ganhava alguns trocados. Pegava lenha na mata para pessoas idosas e cuidava de crianças. Depois, com a intenção de ganhar um pouco mais, a menina comprou algumas galinhas e passou a vender ovos.
Passado o primeiro ano de economias, Mary abriu o cofre para conferir quanto havia guardado. Mas chegou a uma triste conclusão: havia conseguido economizar apenas uma pequena parte do que precisava para comprar a sua Bíblia. Durante o segundo ano em que estava juntando dinheiro, Mary aprendeu a costurar. Com isso, conseguiu guardar um valor maior - embora não o suficiente, ainda para concretizar o seu sonho.
Mais um anoEntão, no correr do terceiro ano, Mary teve de enfrentar uma acontecimento imprevisto - seu pai, ficou doente e deixou de trabalhar. Por isso, ele teve que dar tudo o que havia economizado durante aquele ano para sua família. E, desta vez, Mary não pode colocar nada no cofre. Mas continuou trabalhando e, no final do quarto ano, conseguiu completar a quantia de que precisava para comprar a Bíblia. Nessa época, Mary tinha 15 anos de idade.
Ela já podia, então, comprar a sua tão sonhada Bíblia. Mas onde iria encontrá-la? O pastor de sua igreja lhe informou que não era possível comprar Bíblias em Alan, nem nas vilas vizinhas. Ela só conseguiria encontrar um exemplar na cidade de Bala, que ficava a 40 quilômetros dali. Naquela cidade, morava o Rev. Thomas Charles, que costumava ter em sua casa alguns exemplares das Escrituras Sagradas, para vendê-los as pessoas da região.
Com esta informação, Mary foi para casa e pediu a seus pais que a deixassem ir a cidade de Bala. No inicio, eles não queriam que ela fosse sozinha. Mas a mocinha insistiu tanto, que os pais acabaram concordando.
Sem sapatosA longa viagem de Mary Jones foi feita a pé. Pensando em poupar seus sapatos da dura caminhada, a fim de poder usá-los na cidade, ela resolveu ir descalça. Depois de caminhar o dia todo, por fim, no inicio da noite, Mary chegou à casa do Rev. Thomas Charles. Ali, no entanto, mais uma dificuldade a esperava: o Rev. Thomas havia vendido todas as suas Bíblias. Ele ainda tinha alguns poucos exemplares, mas esses já estavam todos encomendados.
Ao receber essa noticia, Mary começou a chorar. Em seguida, mais calma, ela contou toda sua longa história ao Rev. Thomas Charles. Então o pastor, comovido, dirigiu-se até um armário, retirou de lá uma das Bíblias vendidas e entregou-a à Mary.
Impressionado com a história daquela menina, o Rev. Thomas resolveu contar o que tinha ouvido aos diretores da Sociedade de Folhetos Religiosos, uma entidade Cristã local. Profundamente tocados com a luta de Mary Jones para conseguir seu exemplar da Bíblia, os diretores daquela organização chegaram à conclusão de que experiências como a dela não deveriam mais se repetir. Decidiram, então, fazer alguma coisa para tornar a palavra de Deus acessível a todos. E, depois de muito estudo e oração, resolveram organizar uma nova sociedade, com a finalidade de traduzir, imprimir e distribuir a Bíblia. Foi assim que, no dia 7 de dezembro de 1802, foi fundada a primeira sociedade Bíblica, que recebeu o nome de Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira.